sexta-feira, 11 de maio de 2018

Nomofobia: Medo de ficar sem o celular

Nomofobia: Dependência ao Celular


Quando se fala em vício logo pensamos em drogas, cigarro, álcool, etc. E quem um dia poderia imaginar que o fato de não poder estar todo o tempo conectado resultaria em um tipo de transtorno? Alguns podem responder que era óbvio, mas agora parece que é oficial. Uma nova fobia para se juntar à coleção das já existentes.


Uma fobia ou sensação de angústia que surge quando alguém se sente impossibilitado de se comunicar ou se vê incontactável estando em algum lugar sem seu aparelho de celular. É um termo muito recente, que se origina do inglês: No-Mo, ou No-Mobile,que significa Sem celular. Daí a expressão Nomofobia ou fobia de ficar sem um aparelho de comunicação móvel.
      Uma espécie de sigla para “No more phone phobia” e, segundo um estudo feito nos EUA pela organização SecurEnvoy, 66% da população de americanos sofre com esse problema. Os dados também revelam que, quanto mais novo você é, maior é a chance de ser afetado pela Nomofobia. Mulheres também têm maiores chances de desenvolver o distúrbio do que os homens.
Quer saber se você também desenvolveu esse medo? Os sintomas são: olhar para o celular obsessivamente (com pouco intervalo de tempo), preocupar-se constantemente com a localização do aparelho e com sua segurança e nunca, em nenhuma hipótese, desligá-lo.
     
 A fobia causada pela perda de contato com o celular parece ser mais uma das contribuições do século XXI para o nosso stress cotidiano, como se já não bastasse. Entretanto, prefiro ir mais longe ampliando essa dependência para todo e qualquer tipo de tecnologia. Em fevereiro, um estudo realizado com cerca de mil pessoas no Reino Unido, país onde a palavra “nomofobia” surgiu em 2008, revelou que 66% dentre estes se diz “muito angustiado” com a idéia de perder seu celular. 

     Em outra pesquisa, desta vez com jovens da Universidade de Maryland, nos EUA, constatou-se que a dependência de celulares, computadores e tudo que esteja relacionado à tecnologia pode ser considerada semelhante ao vício em drogas.  O estudo avaliou 1.000 alunos com idades entre 17 e 23 anos, em dez países, que ficaram durante 24 horas sem celulares, redes sociais, internet e TV. Segundo a pesquisa, 79% dos estudantes avaliados apresentaram desde desconforto até confusão e isolamento com a restrição ao uso de eletrônicos. Outro sintoma relatado foi o de coceira, uma sensação  parecida com a de dependentes de drogas que lutam contra o vício. Alguns estudantes relataram, ainda, estresse simplesmente por não poder tocar no telefone. Pela primeira vez, vício na rede foi comparado com o abuso de outras coisas, como drogas e álcool.

   
Até que ponto a vida online atrapalha a vida offline? Não é difícil encontrarmos pessoas que se comuniquem mais através das redes sociais do que pessoalmente e muitas vezes até preferem contatos virtuais.Mas, será imprescindível mesmo ficar conectado 24 horas por dia ? Alguns ficam angustiados quando não podem ser alcançados, mesmo que seja por sms. Não se trata apenas de enviar e receber mensagens, mas sim sugere uma total transformação na maneira pela qual as pessoas se comunicam. Enquanto isso, outros atualizam incontáveis vezes, diariamente, o Facebook, Instagram ou Twitter, qualquer que seja a hora ou o lugar onde esteja. E assim, a exposição à tecnologia pode estar lentamente remodelando nossas vidas.
         Pois é, estamos em uma sociedade na qual uma parte da população, se não estiver conectada pode desenvolver formas de ansiedade ou nervosismo. Segundo o escritor francês Phil Marso, que redigiu um livro inteiro utilizando apenas SMSs, o uso constante dos smartphones e redes sociais gera uma grande vontade de estar sempre inteirado sobre tudo o que está acontecendo. O usuário acaba ficando nervoso e impaciente, podendo desenvolver problemas cardíacos.
      É importante percebermos o celular como instrumento facilitador e o problema não está com ele e sim com o mau uso que deste podemos fazer. Além disso, a Internet é um meio de comunicação fascinante. É importante utilizá-la de maneira saudável, para promover o aprendizado, estabelecer boas relações e se comunicar. É fundamental manter um limite, afinal você é quem deve manter total controle sobre sua vida e não um determinado site ou aplicativo que vai determinar o seu comportamento.
E você ? Está sempre conectado onde quer que esteja? Qual a sensação ao perceber que esqueceu o celular ou smartphone em algum lugar e que corre o risco de ficar desconectado por algum tempo? Nesse caso, a primeira pergunta a ser feita é: o uso da internet  está interferindo em outras áreas da vida?  Os afazeres pessoais e profissionais ficam em segundo plano para ficar online mais tempo? 


     Frequentemente o  sono não é priorizado afim de ficar conectado até altas horas da madrugada? Enfim, para podermos caracterizar uma dependência de celular  ou de qualquer outra tecnologia é preciso que o usuário tenha algum tipo de sofrimento direto ou indireto relacionado a algum destes, além de também sentir grande dificuldade em livrar-se desse hábito. Se por um lado a modernidade interliga pessoas a quilômetros de distância, também pode levar ao isolamento do mundo do “ponto com, ponto br”. Se isso estiver acontecendo, o importante é procurar a ajuda profissional .
      Os sintomas causados pela nomofobia são tremor, suor excessivo, falta de ar, vertigem, náuseas, taquicardia, dor de cabeça e, em casos mais extremos, depressão e até mesmo síndrome do pânico.
    Pessoas nomofóbicas abandonam tudo o que estão fazendo para atender o celular, nunca deixam o aparelho sem bateria e nem o esquecem em casa. Caso isso ocorra voltam de onde estiverem para pegá-lo.
  Aos poucos a nomofobia faz com que as pessoas se isolem dos relacionamentos familiares e com os amigos, optando por ficar no mundo virtual.
     E então ? Você acha que tem nomofobia? Ou então, conhece alguém com os sintomas descritos ?  Deixe sua opinião.
       Veja se você está precisando de uma desintoxicação de celular ou internet? Será que está sofrendo de nomofobia?  Faça este teste. 

1 - Você abandona tudo que está fazendo pra atender o celular? 
2 - Nunca deixa o aparelho desligado ou sem bateria? 
3 - Está sempre tirando o celular do bolso ou da bolsa pra ficar com ele nas mãos?
4 - Já interrompeu um momento íntimo, até uma relação sexual, pra atender o telefone? 
5 - Se esquecer o celular em casa, você volta para buscá-lo? 
6 - Entra em pânico quando acaba a bateria, perde ou pensa que perdeu o celular? 

       Se você respondeu sim a pelo menos quatro perguntas, cuidado. Você pode estar sofrendo com nomofobia. E pode estar precisando de um tratamento médico para ter mais autocontrole e reduzir a ansiedade.

                    Faça um teste detalhado


 Referências :

Fontes Importantes sobre o Assunto:




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