Nomofobia: Dependência ao Celular
Quando se fala em vício
logo pensamos em drogas, cigarro, álcool, etc. E quem um dia poderia imaginar
que o fato de não poder estar todo o tempo conectado resultaria em um tipo de
transtorno? Alguns podem responder que era óbvio, mas agora parece que é
oficial. Uma nova fobia para se juntar à coleção das já existentes.
Uma fobia ou
sensação de angústia que surge quando alguém se sente impossibilitado de
se comunicar ou se vê incontactável estando em algum lugar sem seu aparelho de
celular. É um termo muito recente, que se origina do inglês: No-Mo, ou No-Mobile,que significa Sem celular. Daí a expressão Nomofobia ou fobia
de ficar sem um aparelho de comunicação móvel.
Uma
espécie de sigla para “No more phone phobia” e, segundo um estudo feito nos EUA
pela organização SecurEnvoy, 66% da população de americanos sofre com esse
problema. Os dados também revelam
que, quanto mais novo você é, maior é a chance de ser afetado pela Nomofobia.
Mulheres também têm maiores chances de desenvolver o distúrbio do que os
homens.
Quer
saber se você também desenvolveu esse medo? Os sintomas são: olhar para o
celular obsessivamente (com pouco intervalo de tempo), preocupar-se
constantemente com a localização do aparelho e com sua segurança e nunca, em
nenhuma hipótese, desligá-lo.
A fobia causada pela perda de contato com o celular parece ser
mais uma das contribuições do século XXI para o nosso stress cotidiano, como se
já não bastasse. Entretanto, prefiro ir mais longe ampliando essa dependência
para todo e qualquer tipo de tecnologia. Em fevereiro, um estudo
realizado com cerca de mil pessoas no Reino Unido, país onde a palavra
“nomofobia” surgiu em 2008, revelou que 66% dentre estes se diz “muito
angustiado” com a idéia de perder seu celular.
Em outra pesquisa, desta vez com jovens da Universidade de
Maryland, nos EUA, constatou-se que a dependência de celulares, computadores e
tudo que esteja relacionado à tecnologia pode ser considerada semelhante ao
vício em drogas. O estudo avaliou 1.000 alunos com idades entre 17 e 23
anos, em dez países, que ficaram durante 24 horas sem celulares, redes sociais,
internet e TV. Segundo a pesquisa, 79% dos estudantes avaliados
apresentaram desde desconforto até confusão e isolamento com a restrição ao uso
de eletrônicos. Outro sintoma relatado foi o de coceira, uma sensação
parecida com a de dependentes de drogas que lutam contra o vício. Alguns
estudantes relataram, ainda, estresse simplesmente por não poder tocar no
telefone. Pela primeira vez, vício na rede foi comparado
com o abuso de outras coisas, como drogas e álcool.
Até que ponto a vida online atrapalha a vida offline? Não é
difícil encontrarmos pessoas que se comuniquem mais através das redes sociais
do que pessoalmente e muitas vezes até preferem contatos virtuais.Mas, será
imprescindível mesmo ficar conectado 24 horas por dia ? Alguns ficam
angustiados quando não podem ser alcançados, mesmo que seja por sms. Não se
trata apenas de enviar e receber mensagens, mas sim sugere uma total transformação
na maneira pela qual as pessoas se comunicam. Enquanto isso, outros atualizam
incontáveis vezes, diariamente, o Facebook, Instagram ou Twitter, qualquer que
seja a hora ou o lugar onde esteja. E assim, a exposição à tecnologia pode
estar lentamente remodelando nossas vidas.
Pois é, estamos em uma
sociedade na qual uma parte da população, se não estiver conectada pode
desenvolver formas de ansiedade ou nervosismo. Segundo o escritor francês Phil
Marso, que redigiu um livro inteiro utilizando apenas SMSs, o uso constante dos
smartphones e redes sociais gera uma grande vontade de estar sempre inteirado
sobre tudo o que está acontecendo. O usuário acaba ficando nervoso e
impaciente, podendo desenvolver problemas cardíacos.
É importante percebermos o
celular como instrumento facilitador e o problema não está com ele e sim com o
mau uso que deste podemos fazer. Além disso, a Internet é um meio de
comunicação fascinante. É importante utilizá-la de maneira saudável, para
promover o aprendizado, estabelecer boas relações e se comunicar. É fundamental
manter um limite, afinal você é quem deve manter total controle sobre sua vida
e não um determinado site ou aplicativo que vai determinar o seu comportamento.
E você ? Está sempre conectado onde quer que esteja? Qual
a sensação ao perceber que esqueceu o celular ou smartphone em algum lugar e
que corre o risco de ficar desconectado por algum tempo? Nesse caso, a primeira
pergunta a ser feita é: o
uso da internet está interferindo em outras áreas da vida?
Os afazeres pessoais e profissionais ficam em segundo plano para ficar online
mais tempo?
Frequentemente o sono não é priorizado afim de ficar
conectado até altas horas da madrugada? Enfim, para podermos caracterizar uma
dependência de celular ou de qualquer outra tecnologia é preciso que o
usuário tenha algum tipo de sofrimento direto ou indireto relacionado a algum
destes, além de também sentir grande dificuldade em livrar-se desse hábito. Se
por um lado a modernidade interliga pessoas a quilômetros de distância,
também pode levar ao isolamento do mundo do “ponto com, ponto br”. Se isso
estiver acontecendo, o importante é procurar a ajuda profissional .
Os sintomas causados pela
nomofobia são tremor, suor excessivo, falta de ar, vertigem, náuseas,
taquicardia, dor de cabeça e, em casos mais extremos, depressão e até mesmo
síndrome do pânico.
Pessoas nomofóbicas
abandonam tudo o que estão fazendo para atender o celular, nunca deixam o
aparelho sem bateria e nem o esquecem em casa. Caso isso ocorra voltam de onde
estiverem para pegá-lo.
Aos poucos a nomofobia faz
com que as pessoas se isolem dos relacionamentos familiares e com os amigos,
optando por ficar no mundo virtual.
E então ? Você acha que tem nomofobia? Ou então, conhece alguém com os sintomas descritos ? Deixe sua opinião.
Veja se você está precisando de uma
desintoxicação de celular ou internet? Será que está sofrendo de nomofobia? Faça este teste.
1 - Você abandona tudo que está fazendo pra atender o celular?
2 - Nunca deixa o aparelho desligado ou sem bateria?
3 - Está sempre tirando o celular do bolso ou da bolsa pra ficar com ele nas mãos?
4 - Já
interrompeu um momento íntimo, até uma relação sexual, pra atender o telefone?
5 - Se esquecer o celular em casa, você volta para buscá-lo?
6 - Entra em pânico quando acaba a bateria, perde ou pensa que perdeu o celular?
Se você respondeu sim a pelo menos quatro perguntas, cuidado. Você pode estar sofrendo com nomofobia. E pode estar precisando de um tratamento médico para ter mais autocontrole e reduzir a ansiedade.
5 - Se esquecer o celular em casa, você volta para buscá-lo?
6 - Entra em pânico quando acaba a bateria, perde ou pensa que perdeu o celular?
Se você respondeu sim a pelo menos quatro perguntas, cuidado. Você pode estar sofrendo com nomofobia. E pode estar precisando de um tratamento médico para ter mais autocontrole e reduzir a ansiedade.
Faça um teste detalhado
Referências :
Fontes
Importantes sobre o Assunto:
http://elo.com.br/portal/colunistas/ver/228318/nomofobia--sera-que-voce-tem-e-nao-sabe-.html
em 04/04/2015
https://nomofobia.wordpress.com/2011/10/08/faca-o-teste/
em 04/04/2015
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