Ex-viciado em Crack, prefeito funda 1.ª Comunidade Terapêutica Pública do País
A Comunidade Terapêutica Pública (CTP) Reviver é um projeto de recuperação de usuários de drogas desenvolvido em Cachoeirinha (RS) sob a administração da prefeitura. O espaço localizado em um recanto verde de 11 hectares do Distrito Industrial terá: telecentro, sala de ensino multiseriado e oficinas de padaria, de confeitaria, de plantação de hortifrutigranjeiros e de produção de fraldas geriátricas e pediátricas. Toda a estrutura foi montada com o apoio da sociedade civil e demais segmentos da região. Como por exemplo: equipamentos para as oficinas e os equipamentos de acessibilidade dos banheiros foram obtidos por meio de doações o que resultou em grande economia de custos ao Município.
Com a divulgação da Pesquisa Sobre a Situação do Crack nos Municípios Brasileiros no início de dezembro de 2010, diversos gestores entraram em contato com a Confederação Nacional de Municípios (CNM) para relatar os problemas causados por este mal e as medidas que estão adotando para tentar reverter à situação na sociedade local.
O estudo da CNM mostrou que o Crack já está em quase todos os Municípios brasileiros, mas o poder público tem despertado para combater essa praga que vem atingindo muitas famílias.
O caso de Cachoeirinha no Rio Grande do Sul chama a atenção não só pela implantação do novo órgão criado, o Comunidade Terapêutica Pública (CTP) Reviver, que será inaugurada no dia 12 de março e representa um projeto pioneiro no País. Mas, também pela história do prefeito Luiz Vicente Pires. Ex-viciado em drogas, inclusive no Crack, o prefeito conseguiu vencer a luta contra o vício, deu a volta por cima e agora prioriza no governo dele ações que levam esperança a pessoas que ainda sofrem por causa da dependência química.
Hoje, emocionado, Pires conta a sua história e se enche de motivação para ajudar quem se
encontra na mesma situação em que ele esteve durante mais de 30 anos de sua vida. De acordo com os seus relatos, a maconha foi a primeira droga que experimentou, mas dela passou a consumir bebidas fortes, a usar cocaína e, aos 30 anos, estava completamente afundado no Crack. Envolvido com drogas desde os 16 anos, histórico policial e arruinado, Pires foi em busca de ajuda. Uma possível recuperação começou aos 33 anos, após muito sofrimento. O prefeito conta que até chegou a ser condenado a seis anos de prisão, dos quais cumpriu três anos. Mas com força de vontade e o apoio da família – da esposa e dos quatro filhos – conseguiu vencer o processo de reabilitação e ressocialização. Foram nove meses de internação em uma comunidade terapêutica envolvido com atividades cotidianas e espirituais –conforme ele chama. “O poder público e a espiritualidade me ajudaram neste processo”, reconhece.
Com a divulgação da Pesquisa Sobre a Situação do Crack nos Municípios Brasileiros no início de dezembro de 2010, diversos gestores entraram em contato com a Confederação Nacional de Municípios (CNM) para relatar os problemas causados por este mal e as medidas que estão adotando para tentar reverter à situação na sociedade local.
O estudo da CNM mostrou que o Crack já está em quase todos os Municípios brasileiros, mas o poder público tem despertado para combater essa praga que vem atingindo muitas famílias.
O caso de Cachoeirinha no Rio Grande do Sul chama a atenção não só pela implantação do novo órgão criado, o Comunidade Terapêutica Pública (CTP) Reviver, que será inaugurada no dia 12 de março e representa um projeto pioneiro no País. Mas, também pela história do prefeito Luiz Vicente Pires. Ex-viciado em drogas, inclusive no Crack, o prefeito conseguiu vencer a luta contra o vício, deu a volta por cima e agora prioriza no governo dele ações que levam esperança a pessoas que ainda sofrem por causa da dependência química.
Hoje, emocionado, Pires conta a sua história e se enche de motivação para ajudar quem se
encontra na mesma situação em que ele esteve durante mais de 30 anos de sua vida. De acordo com os seus relatos, a maconha foi a primeira droga que experimentou, mas dela passou a consumir bebidas fortes, a usar cocaína e, aos 30 anos, estava completamente afundado no Crack. Envolvido com drogas desde os 16 anos, histórico policial e arruinado, Pires foi em busca de ajuda. Uma possível recuperação começou aos 33 anos, após muito sofrimento. O prefeito conta que até chegou a ser condenado a seis anos de prisão, dos quais cumpriu três anos. Mas com força de vontade e o apoio da família – da esposa e dos quatro filhos – conseguiu vencer o processo de reabilitação e ressocialização. Foram nove meses de internação em uma comunidade terapêutica envolvido com atividades cotidianas e espirituais –conforme ele chama. “O poder público e a espiritualidade me ajudaram neste processo”, reconhece.
Depois de recuperado o prefeito começou a contar para as pessoas sua experiência com as drogas. “Comecei com palestras e reuniões em grupos”, conta Pires. E desta pequena iniciativa surgiu um grande representante da sociedade, apoiado pela comunidade local. Sem esconder, nem maquiar sua história, Pires foi galgando cargos públicos até a sua candidatura a prefeito. “Foi muito difícil o processo eleitoral, os adversários políticos usavam o caso para colocar dúvida nas pessoas em relação à minha condição de exviciado”, lembra.De toda a sua trajetória, o prefeito reconhece que a parte mais difícil é lidar com preconceito e a desconfiança das pessoas. Mas em seu caso ele teve sorte pois já era conhecido na cidade e teve o apoio da comunidade em geral. “As pessoas acreditaram em minha recuperação e fui um dos candidatos mais votados da história do Município”, relata.
Ao ser eleito prefeito, aquilo que era apenas uma pequena iniciativa se tornou uma política pública de recuperação a viciados e desta política a implantação do projeto Comunidade Terapêutica Pública. Com pesar Pires fala da discriminação. “O preconceito das pessoas, que não acreditam na recuperação, e a vergonha que a família passa é a parte mais difícil do processo de ressocialização”, desabafa. Ele também constata: “muitas vezes podemos perder um recém recuperado porque ele encontra muita dificuldade de retomar a confiança da sua comunidade”, lamenta. “A reinserção social de um ex-dependente químico ainda é muito difícil por causa do preconceito”, destaca.
Drogas e violência
A ligação entre drogas, violência e crimes também foram relatadas pelo prefeito durante a entrevista. “O Mundo das drogas está totalmente ligado às mazelas que acontecem. É na dependência química que se inicia a maioria dos crimes e das mortes”, atesta. Pires fala, não apenas por experiência própria, mas também pela confirmação obtida por meio de dados do Município e de pesquisa pública.
De acordo com o prefeito gaúcho, a localização de Cachoeirinha é um agravante para a entrada das drogas. Situado na região metropolitanos do Estado, o Município tem os 47 km² de extensão territorial e abriga mais de 118 mil habitantes, a maioria de classe média baixa. O que, de acordo com ele, é um indicativo de entrada maior de drogas.
No entanto, mesmo com as dificuldades administrativas, Pires conta que em seis anos, o projeto social de recuperação a viciados já mudou a vida de mais de 250 pessoas, entre crianças, adolescentes, adultos e idosos. Todos reabilitados e socializados. “Em 2008 éramos a cidade com maior índice de violência da região metropolitana do Rio Grande do Sul e atualmente, mostrou uma pesquisa de 2010, não estamos nem na lista das dez mais violentas”, celebra.
Este resultado ele julga ser apenas reflexo das políticas sociais, principalmente a de recuperação a drogados e de acompanhamento das famílias de dependentes químicos. “Estamos atingindo a marca de 23% de pessoas recuperadas, das mais de mil famílias encaminhadas”, contabiliza. O prefeito salienta: “não podemos esquecer que é um processo e às vezes pode ser um pouco demorado”. “É ressocializar, empregar e consolidar o grupo de ajuda”, Pires dá a receita.
Como voltar a ter uma vida social
O prefeito enfatiza que é fundamental inserir estas pessoas no mercado de trabalho e, neste aspecto, dá o exemplo: “Hoje na minha equipe de trabalho tem quatro exusuários de drogas em cargos comissionados e onze servidores efetivos, aprovados por meio de concurso”.
Veja mais sobre o assunto no site http://www.cnm.org.br/
Ao ser eleito prefeito, aquilo que era apenas uma pequena iniciativa se tornou uma política pública de recuperação a viciados e desta política a implantação do projeto Comunidade Terapêutica Pública. Com pesar Pires fala da discriminação. “O preconceito das pessoas, que não acreditam na recuperação, e a vergonha que a família passa é a parte mais difícil do processo de ressocialização”, desabafa. Ele também constata: “muitas vezes podemos perder um recém recuperado porque ele encontra muita dificuldade de retomar a confiança da sua comunidade”, lamenta. “A reinserção social de um ex-dependente químico ainda é muito difícil por causa do preconceito”, destaca.
Drogas e violência
A ligação entre drogas, violência e crimes também foram relatadas pelo prefeito durante a entrevista. “O Mundo das drogas está totalmente ligado às mazelas que acontecem. É na dependência química que se inicia a maioria dos crimes e das mortes”, atesta. Pires fala, não apenas por experiência própria, mas também pela confirmação obtida por meio de dados do Município e de pesquisa pública.
De acordo com o prefeito gaúcho, a localização de Cachoeirinha é um agravante para a entrada das drogas. Situado na região metropolitanos do Estado, o Município tem os 47 km² de extensão territorial e abriga mais de 118 mil habitantes, a maioria de classe média baixa. O que, de acordo com ele, é um indicativo de entrada maior de drogas.
No entanto, mesmo com as dificuldades administrativas, Pires conta que em seis anos, o projeto social de recuperação a viciados já mudou a vida de mais de 250 pessoas, entre crianças, adolescentes, adultos e idosos. Todos reabilitados e socializados. “Em 2008 éramos a cidade com maior índice de violência da região metropolitana do Rio Grande do Sul e atualmente, mostrou uma pesquisa de 2010, não estamos nem na lista das dez mais violentas”, celebra.
Este resultado ele julga ser apenas reflexo das políticas sociais, principalmente a de recuperação a drogados e de acompanhamento das famílias de dependentes químicos. “Estamos atingindo a marca de 23% de pessoas recuperadas, das mais de mil famílias encaminhadas”, contabiliza. O prefeito salienta: “não podemos esquecer que é um processo e às vezes pode ser um pouco demorado”. “É ressocializar, empregar e consolidar o grupo de ajuda”, Pires dá a receita.
Como voltar a ter uma vida social
O prefeito enfatiza que é fundamental inserir estas pessoas no mercado de trabalho e, neste aspecto, dá o exemplo: “Hoje na minha equipe de trabalho tem quatro exusuários de drogas em cargos comissionados e onze servidores efetivos, aprovados por meio de concurso”.
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